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Erro médico e judicialização são temas de palestra promovida pela Secretaria de Saúde

O encontro nesta quinta-feira, 14, contou com a participação de médicos e servidores municipais do setor.

Estratégias para evitar erro médico e judicialização. Esses foram os temas da palestra promovida pela Administração Municipal, através da Secretaria de Saúde, nesta quinta-feira, 14, na sede da Associação Comercial e Industrial de Araxá (Acia). O encontro contou com a presença de médicos e servidores municipais, da secretária Diane Dutra e da promotora de Justiça, Mara Lúcia Silva Dourado. A palestra proferida pela advogada especialista em direito médico, Natália de Ávila Batista, faz parte de um projeto da secretaria que busca oferecer mais resolutividade e segurança aos atendimentos prestados pelos médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Natália comentou que 80% das ações judiciais relacionadas a erro médico envolvem serviços prestados por profissionais que atendem pelo SUS, uma porcentagem alta que pode ser reduzida através da prevenção. Dentre as orientações repassadas estão os médicos investirem na elaboração de um relatório com informações relevantes sobre atendimento prestado, a medicação receitada e o tratamento efetuado ao paciente. “Sempre trabalhem na prevenção que é a melhor forma de evitar esses processos”, ressalta a advogada. 

Após a palestra, médicos e servidores puderam sanar dúvidas sobre o assunto enriquecendo o debate. Segundo o coordenador médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Leirston Paulo da Silva, o evento representou a união de todos para contribuir com a diminuição dos casos encaminhados à Justiça. “Para nós médicos e servidores é extremamente importante e faz com que a gente consiga filtrar, orientar e evoluir melhor com todos que precisam do nosso atendimento”, enfatiza.

A promotora Mara Lúcia Silva Dourado destaca que a judicialização da saúde é um problema sério enfrentado não somente em Araxá, mas em todo o território nacional. “É uma demanda que existe e não posso recusar de forma nenhuma o atendimento a qualquer cidadão que vai até a promotoria, um órgão jurídico. Não entendo nada de medicina, aí que entra a importância dos documentos preenchidos pelos médicos. São eles que vão pautar as nossas ações. O relatório médico bem preenchido e fundamentado, nos ajuda bastante na resolução de uma demanda”.

Diane Dutra, secretária de Saúde, aborda que a palestra foi um primeiro passo do setor municipal para contribuir com a melhoria da comunicação, dos processos e fluxos envolvendo médicos, servidores e pacientes para evitar a judicialização. “Muitas vezes, observamos que não tem a necessidade do Ministério Público. Queremos mostrar que todo mundo passa pela mesma situação e se cada um fizer a sua parte, podemos minimizar isso. Todos os profissionais da saúde participarão de encontros multidisciplinares para revermos e reorganizarmos melhor a rede de atendimento”, conclui a secretária.